quinta-feira, 21 de maio de 2009

Confiança

Vontade de chorar, mas tenho que me segurar.
Tudo vai acabar bem, Bia.

Cansada de correr atrás. Corra aqueles que se importam comigo;

Minha vida inteira sou uma seguidora. NINGUÉM nunca me seguiu; se seguiu, mudou seu rumo.
Hoje enxergo a realidade: Sirvo para escutar, não sei comentar. Não sirvo para dar minha opinião, sou enxergada como 'apenas mais uma no grupo'. O valor das pessoas ao meu redor é tão importante para mim e não sou valorizada do mesmo jeito. Sou burra de não enxergar isso!
Ninguém fez nada disso (até agora), não estou julgando, eu só enxerguei o meu mundo pelos outros olhos.


Quero ser valorizada, ter alguém do meu lado e não na minha frente. Cansei de correr e agora só irei caminhar. Se eu for devagar, aqueles que me valorizam esperará, mas não à distância, ao meu lado.


É algo errado comigo, tenho certeza. Tento me abrir ao mundo e não consigo. Não sei o motivo disso. Por quê? Definitivamente sou eu.


Estou em decadência. Não sei mais o que é amizade, não sei onde está a amizade e o amor, não sei quem devo ter importância.


(...)


Atrasada como sempre, minha mãe não chegava para me buscar da escola. Eu fixava meu olhar para aquela estrada deserta e torcendo que um carro prisma prata chegasse, o vento assoprava de oeste para leste, uma pedra no caminho suportava esse vento.
Ao chegar, uma breve notícia:
Sua avó teve um quase derrame, a pressão (alta) chegou aos 20 (o normal é 12 ou 13) e estava no hospital. Mais isso para acontecer.


No hospital:
Ao entrar pela porta, um breve sorriso naquele rosto sofrido - nunca vi ela sorrindo pela mminha causa. Encontrei alguém que se importa comigo - na sua pele magra, encostei minha mão, perguntava se estava bem. Ela dizia que 'sim, obrigada. Abrigada por vir. Muito obrigada, sayuri.'
Ao sair pela aquela porta, não aguentei segurar e desmoronei.
Outra pessoa que se importa e sempre se importou comigo: Minha mãe. Ela pôs seus braços ao meu redor. Dizia que tudo vai ficar bem. Ela vai melhorar, você vai ver.


Toda a dor que suportei hoje foi liberada, mas parte dela ficou presa em minha garganta. Dói! Não conseguia tirar esse nó.

Para me receber de braços (ou patas) abertas: Minha cadelinha (Layka) corria em minha direção, balançava o rabo e as orelhas enrugavam. Meu único consolo. Só ela me faz feliz!

É idiota, eu sei, mas o cachorro que você criou nunca vai deixar de amar seu dono. É mais que amor materno. É..inesplicável!


Agora, minha avó voltou para o hospital. Estou um pouco preocupada..
Layka acaba de botar as patinhas dianteiras no meu colo e bater o rabinho por eu ter acariciado sua cabeça.
Uma foto dela:


Ela não é linda, gente?




Amanhã é outro dia


beijos :*



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